quinta-feira, 7 de novembro de 2013

YES BLACK FRIDAY! NO FRIDAY THE 13TH!

Ano passado a Black Friday, que prometia descontos polpudos, como acontece tradicionalmente nos Estados Unidos, deixou de saldo, além de mais de R$ 200 milhões em negociações só no comércio eletrônico — o dobro do registrado em 2011, segundo e-Bit, empresa especializada em informação do setor — uma enxurrada de reclamações nas redes sociais e nos órgãos de defesa do consumidor sobre manipulação de preço. Nas redes sociais, a campanha logo ganhou um apelido: “Black fraude”

O volume de queixas levou o Procon-SP a notificar Extra (lojas física e na internet) e as lojas virtuais Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, Wal-Mart, Saraiva e Fast Shop.
Ferraciolli, do Procon-SP, sugeriu aos consumidores o boicote:

— O consumidor não deve deixar de comprar apenas hoje nesta empresa, mas deve cortá-la da sua lista. Pois se ela manipula preços pode fazer algo ainda pior. E que as empresas não me venham falar em falha operacional. Boicote é uma arma do consumidor e o que não falta hoje é opção no varejo. O preto desta Black Friday é o luto pelo desrespeito ao direito do consumidor. Quem sabe se, com a punição exemplar dessas empresas, no ano que vem tenhamos uma verdadeira Black Friday, como a americana, com descontos realmente expressivos para o consumidor — diz Ferraciolli.

Esse ano a empresa de pesquisas E-bit, especializada em informações sobre comércio eletrônico, estima que o faturamento do setor subirá 60 por cento, a 390 milhões de reais, durante a chamada Black Friday, na última sexta-feira do mês, 29 de Novembro.

Na mesma data do ano passado, foram movimentados 243,8 milhões de reais no varejo online brasileiro, informou a E-bit em comunicado divulgado nesta quinta-feira.
Tradicionalmente conhecido como um dia de queima de estoques nos Estados Unidos, a Black Friday deve gerar um milhão de pedidos pela internet no Brasil, com ticket médio de compras de 390 reais, segundo previsão da E-bit.

"As categorias de maior valor agregado, como informática, eletrônicos e eletrodomésticos, devem ser as mais vendidas em virtude dos descontos, que podem chegar a até setenta por cento", afirmou a empresa.

A repercussão das falhas nos sites devido ao congestionamento e os valores maquiados nas redes sociais foram suficientes para enfurecer muitos consumidores e abrir os olhos para novas ilusões de consumismo barato.
Esperamos que esse ano além de terem consumidores atentos, tenhamos descontos realmente significativos e verdadeiros.
O Natal se aproxima, a empolgação aumenta, mas vamos sempre pesquisar e ir atrás dos nossos direitos! Não adianta levar gato por lebre e depois xingar muito no Twitter!

Uma das dicas é olhar de antemão o produto que você tem interesse, pesquisar valores e verificar na Black Friday se está em conta, afinal com a arte gritante e a porcentagem de (possível) desconto escancarada fica fácil a gente trocar 6 por meia dúzia no fervor do consumismo desenfreado em clima pré natalino.

Fonte O GLOBO